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    sexta-feira, 18 de novembro de 2011

    O PT na Canção Nova

    http://apenas1.files.wordpress.com/2011/06/aborto-1.jpg?w=240&h=260É comum em nosso tempo – infelizmente – ouvir as pessoas falarem de filhos como um pesado fardo a se carregar, como um problema financeiro ou mesmo como uma verdadeira "maldição". Quando os católicos tecem críticas ao movimento feminista, não estão simplesmente querendo a supressão das conquistas que as mulheres obtiveram nos últimos anos, nem mesmo impedir que tenham voz ativa na sociedade – acreditem, ainda há tolos que acreditam nesta balela; ao serem duros com estes movimentos, o que os cristãos desejam é condenar esta verdadeira "cultura de morte" que se estende, com uma rapidez assustadora, aos quatro cantos do planeta. Lutamos, portanto, não contra os seres humanos, mas justamente a favor deles. Não conseguimos enxergar beleza nenhuma num "progresso" que enxerga como pragas as molecagens de uma criança, o chororô de um bebezinho indefeso ou os gastos que as famílias têm com os infantes.

    É desta cultura pestilenta que estamos falando. Falar, nos dias de hoje, sobre aborto, contracepção e até mesmo eutanásia passa por toda essa atmosfera de perda de valores que vem gradativamente piorando nas últimas décadas. Fala-se muito das moléculas de gás carbônico na atmosfera, que agravam o "efeito estufa"; mas pouco se fala destas partículas de egoísmo e autossuficiência que pouco a pouco vão sufocando a vida no seio de nossas comunidades. Em nossas escolas fala-se muito de desenvolvimento sustentável e da necessidade de se respeitar a natureza e os recursos naturais; mas estas mesmas instituições são lentamente corrompidas, especialmente quando observamos muitos profissionais da educação mais preocupados em iniciar sexualmente nossas crianças – distribuindo camisinhas nos colégios – do que em falar da necessidade de respeito à dignidade da vida humana.

    Todo este retrato trágico tem cheiro de enxofre… Mas não é alerta de chuva ácida, não! É cheiro de perdição mesmo…! A Europa já colhe os frutos amargos da política da contracepção. Vive um processo que aprendemos nos colégios como euroesclerose. Isto significa que a população naquele continente – e não só lá, como vem nos mostrar o censo recentemente realizado no Brasil – está ficando cada vez mais velha. Estão nascendo menos crianças, graças aos métodos anticoncepcionais; os avanços na medicina preventiva possibilitam, ao mesmo tempo, um aumento na expectativa média de vida da população. Resultado? Decresce a população economicamente ativa e aumentam os gastos com a previdência social. É claro que estamos traçando um panorama meramente econômico da situação, mostrando que a desobediência aos conselhos da Igreja, mãe e mestra, acarretam prejuízos não só à vida espiritual dos fiéis, mas também à ordem civil… Como lembra-nos o papa Leão XIII,

    "[N]ão se deve considerar como civilização perfeita a que consiste em desprezar audaciosamente todo poder legítimo; e não se deve saudar com o nome de liberdade a que tem por cortejo vergonhoso e miserável a propagação desenfreada dos erros, o livre saciamento das cupidezes perversas, a impunidade dos crimes e dos malfeitores e a opressão dos melhores cidadãos de toda classe. Esses são princípios errôneos, perversos e falsos; não poderiam, pois, certamente ter força para aperfeiçoar a natureza humana e fazê-la prosperar, pois o pecado torna os homens miseráveis (Prov 14, 34); pelo contrário, absolutamente inevitável se torna que, após haverem corrompido as mentes e os corações, pelo seu próprio peso esses princípios lançam os povos em toda sorte de desgraças, que subvertem toda ordem legítima e conduzem assim, mais cedo ou mais tarde, a situação e a tranqüilidade pública à sua última perda."

    - Inscrutabili del consilio, n. 7

    O censo 2010 é a prova cabal de que o povo brasileiro está se conformando bem às estratégias políticas e sociais feitas para destruir a família e a vida humana. Quer dizer: a situação deplorável na qual vive a Europa recentemente pode se tornar, em alguns anos, a situação de nossa nação, caso nossas famílias continuarem se rendendo aos anseios inescrupulosos dos promotores da anticoncepção e do aborto. Para que você entenda um pouco melhor do que concretamente estou falando, recomendo a leitura do artigo do blog O Possível e O Extraordinário falando sobre o "inverno demográfico" no qual nosso país entrou no decorrer da última década.

    Rezemos, a fim de que Nossa Senhora da Conceição Aparecida livre o Brasil da maldição do aborto. E que o povo desta Terra de Santa Cruz, em sua procura – não raras vezes sincera – pela Verdade, seja iluminado pelo poder do Espírito Santo, que conduz indubitavelmente ao seio do Corpo Místico de nosso Senhor.

    Graça e paz.
    Salve Maria Santíssima!

    O que está acontecendo com a Canção Nova? – é a pergunta que precisa, urgentemente, de uma resposta. Minha intenção, nesta postagem, não é discutir o problema do dom de línguas, que é um assunto que exige um aprofundamento maior, nem mesmo a forma como muitas vezes a Renovação Carismática lida com a questão – ainda mais ampla – dos carismas… O ponto do momento é novamente político. O deputado Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, foi recentemente convidado para apresentar um programa na TV Canção Nova. Atenção! Ele foi chamado para apresentar! Não é uma mera entrevista, um bate-papo com um político, como costuma acontecer no programa do Gabriel Chalita, por exemplo; é um convite para participar permanentemente da programação da TV Canção Nova!

    Como se já não bastasse a presença de Chalita, um político que, nas últimas eleições, mostrou de fato "para que veio", agora a Canção Nova quer contar com a presença do sujeito que orquestrou a campanha de apreensão dos famosos folhetos pró-vida na diocese de Guarulhos… Certamente os leitores se lembram desta história, mas, para quem não lembra, vale à pena refrescar a memória. E, para isto basta uma foto:

    PANFLETO8_1.jpg

    A gravura acima ilustra Jose Eduardo Cardozo e Edinho Silva, juntos, por ocasião de uma coletiva sobre os panfletos referidos. Neles está contido um preceito católico fundamental em tempos eleitorais: os fiéis católicos não podem contribuir com partidos abortistas, oferecendo-lhes seu voto.

    E Dilma é abortista? Dilma é a favor da legalização do aborto? Existem ainda alguns indivíduos mentirosos que insistem em dizer que não, que tudo não passa – parafraseando o deputado "católico" Gabriel Chalita – de uma "boataria", que as coisas não são bem assim, que mesmo se fosse, não caberia intervenção direta… Ah, calem-se estes demônios e prostrem-se diante d'Aquele que é a Verdade! A internet oferece um material farto mostrando a sra. Dilma Rousseff defendendo a descriminalização do aborto… E não tem nem deputado e nem partido capaz de transformar a verdade em mentira.

    Agora, o fato de uma TV "católica" oferecer espaço para um sujeito que é inimigo do movimento pró-vida é, no mínimo, contraditório, para não dizer revoltante… Como escreveu o Reinaldo Azevedo, "trata-se da politização de uma corrente que se identifica com a Igreja Católica".

    Onde está a transparência da administração da Canção Nova? Cadê o compromisso mais importante desta emissora que se diz católica – o compromisso da submissão ao Santo Padre e aos princípios morais da Igreja…? Que os abortistas e socialistas já têm espaço suficiente nos meios de comunicação para transmitirem suas ideias, isto é bem verdade, mas que vão fazer isto lá no quinto dos infernos! Por que uma rede católica precisa dar espaço para esta palhaçada?

    O "Justiça e Paz", tendo o petista Edinho Silva como apresentador, vai ao ar todas as quintas-feiras, e o tema do programa é Doutrina Social da Igreja. Os leitores que se sentirem à vontade para sugerir o conteúdo dos próximos episódios desta tragédia, aproveitem os comentários…

    * * *

    O Jorge Ferraz, do blog Deus lo Vult!, também está indignado. Leiam: Canção Nova, Edinho Silva, a mentira e os panfletos das eleições 2010.

    "Não há nada de novo debaixo do sol" (Ecli 1, 9), como diz o Autor Sagrado, i.e., não há nada em nossos problemas que o ser humano ainda não tenha experimentado, que as pessoas ainda não tiveram a oportunidade de vivenciar. Ao mesmo tempo, porém, subsiste aquela certeza, profundamente comum a nós, membros do Corpo Místico de nosso Senhor, confirmada pela mesma Escritura inspirada: a certeza de que Deus faz novas todas as coisas (cf. Ap 21, 5).

    Corremos sempre este risco: o de tratar a nossa fé com superficialidade, e não só a nossa fé, mas também as nossas obrigações no dia-a-dia, como cidadãos comuns… Às vezes nos sobrecarregamos com um monte de tarefas e nos esquecemos de entregar tudo aquilo que fazemos ao Altíssimo; esquecemo-nos que o caminho de santificação deve passar muitas vezes não por aquilo que queremos fazer, mas sim por aquilo que devemos realizar; esquecemo-nos que todos nós somos chamados à santidade – é este o compromisso que assumimos no dia de nosso Batismo -, mas que este caminho é vivido de maneira diferente por cada cristão, "cada um (…) na condição na qual o Senhor o colocou" (1 Cor 7, 17). Esquecemo-nos, enfim, daquele que é o escândalo fundamental do Cristianismo, a Cruz, fato que é infelizmente deixado de lado – e não com pouca freqüência – seja por causa dos problemas verdadeiramente desafiadores que encontramos em nossa época, seja por causa da falta de propósitos à qual muitas vezes nos entregamos sem sequer perceber.

    Aí, então, voltamo-nos a nós mesmos, não raro com a ajuda de outrem, e constatamos que precisamos fazer um exame de consciência!

    Somos o sal da terra, diz nosso Senhor; e este é o tempo da reconciliação. É este o tempo de reconhecer a nossa miséria e voltar aos braços do Pai; é agora o momento de querer novamente, de olhar novamente o Evangelho e fixar quais devem ser as nossas principais metas… É agora a hora de amar a Deus sobre todas as coisas e amar as "pessoas humanas" como a nós mesmos.

    Mamãe, irmã, e, diretamente da Capital Federal, Cleiton Robson

    E por tudo isto é também hoje o dia de pensar nas pequenas coisas da vida, nas coisas mais simples, de lembrar que Deus se manifesta de modo especial no sabor de um kiwi e nas largas gargalhadas que damos quando estamos reunidos com a nossa família e com nossos amigos; que Deus se manifesta na generosidade e na caridade dos homens, e ao mesmo tempo na gratidão em que dizemos um "muito obrigado!"; que Deus se manifesta na solicitude com que nossos irmãos nos oferecem seu ombro, para chorarmos… e, ao mesmo tempo, na amizade, pela qual confidenciamos àqueles que amamos as nossas angústias e nossos sofrimentos…

    Estas e tantas outras graças pouco a pouco todos devemos aprender a reconhecer… E, no final de todas as provações ou conquistas, oferecer a Deus a oração de Jó: "O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!" (Jó 1, 21).

    Por este feriado abençoado, agradeço ao Altíssimo. Deo gratias! Deo gratias! O Senhor não nos abandona jamais… e deixa seus mensageiros aqui para que nos ajudem a resgatarmo-nos a nós mesmos! Obrigado, Cleiton Robson… Que o Espírito Santo continue guiando seus passos!

    Encontrei um blog que evangeliza de uma maneira muito interessante: fazendo humor. Na blogosfera católica, é cada um no seu quadrado, cada um com seu estilo próprio de comunicação, mas, ao mesmo tempo, é todo mundo junto na unidade, afinal, integramos o mesmo Corpo, que é a Igreja. E é por essa maneira diferente de evangelizar que recomendo aos nossos leitores o blog O Catequista. Eles trazem artigos católicos sobre temas muito controversos. Já falaram de cerveja – ou, como eles preferiram chamar, "birita" -, já falaram sobre o sentido da existência humana, e até sobre a aparente falta de misericórdia do Deus do Antigo Testamento.

    Aproveito a oportunidade – já que estou falando do blog mesmo – para somar com um ótimo post que eles fizeram sobre o bom humor na vida do Padre Pio de Pietrelcina. Provavelmente, boa parte dos católicos já assistiu ao filme de sua vida – se não assistiram, não sabem o que estão perdendo, mesmo. Para quem assistiu, mas leu pouco sobre a vida do santo, ficou talvez a imagem de um santo nervoso, sempre enfurecido e irritado.

    Primeiro, vamos desconstruir essa ideia totalmente falsa. Embora o cristão deva viver numa profunda tensão – está feliz por causa da graça de Deus que vem em seu socorro, mas, ao mesmo tempo, experimenta o temor de afastar-se d'Aquele que lhe concede a paz -, sua existência não é de maneira alguma uma desgraça, uma infelicidade. O pessimismo e o desgosto diante da vida definitivamente não são atitudes condizentes com o espírito do Evangelho. Por ocasião da última Audiência Geral, nesta quarta-feira, o Papa Bento XVI se pronunciou de maneira excelente sobre este tema:

    "Em definitiva, o homem tem necessidade da eternidade; mas por que experimentamos o medo diante da morte? Dentre as várias razões, está o fato de que temos medo do nada, de partir para o desconhecido. Não podemos aceitar que de improviso caia, no abismo do nada, tudo aquilo que de belo e de grande tenhamos feito durante a nossa vida. Sobretudo, sentimos que o amor requer a eternidade, não pode ser destruído pela morte assim num momento. Além disso, assusta-nos a morte, por causa do juízo sobre as nossas ações que a ela se segue. Mas Deus manifestou-Se enviando o seu Filho Unigênito para que todo aquele que acredita não se perca, mas tenha a vida eterna. É consolador saber que existe um Amor que supera a morte, um amor que é o próprio Deus que se fez homem e afirmou: 'Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá' (Jo 11,25)."

    - Papa Bento XVI, Audiência Geral
    2 de novembro de 2011

    "O homem tem necessidade da eternidade." Foi enraizado nesta Teologia verdadeiramente cristã que São Pio de Pietrelcina, inflamado pelo amor a Deus, sacrificou a sua vida ao Altíssimo. "É consolador saber que existe um Amor que supera a morte." Foi sustentado neste Amor consolador que São Pio de Pietrelcina alegrava-se e buscava as almas… fazendo humor, também, por que não?! Abaixo algumas histórias bem humoradas da vida deste grande místico do século XX:

    http://ocatequista.com.br/wp-content/uploads/2011/11/padre_pio_humor.bmp"[U]m menino de seis anos estava realizando o exame de religião para poder receber a Primeira Comunhão. O examinador lhe fez uma pergunta ardilosa:"

    "– Quantos deuses existem?"

    "Por trás do examinador, o Padre Pio deu a 'cola' errada ao menino, mostrando-lhe três dedos. Confiando no santo capuchinho, a criança disse que havia três deuses, fazendo explodir a gargalhada geral de todos!"

    "Um dia, um artista mostrou a Padre Pio uma pintura que havia feito de seu rosto. No retrato, o santo estava muito feio, com um rosto carrancudo e ameaçador. Porém, orgulhoso, o pintor pedia que ele escrevesse algumas palavras sobre a tela. Solícito, Padre Pio pegou uma caneta e escreveu em cima: 'Não tenham medo, sou eu'."

    "Padre Pio ironizava até a sua fama de santidade. Durante a 2ª Guerra Mundial, na Itália, muitas pessoas diziam ter escapado ilesas dos bombardeios por carregarem uma imagem sua (santinho) junto de si. Pois bem. Certa vez, um irmão capuchinho aconselhou Padre Pio a não se preocupar com as ameaças feitas por seus inimigos. Sorrindo, o santo disse:"

    "– Estou tranquilo: trago aqui comigo uma fotografia do Padre Pio para a minha proteção!"

    (Extraído do blog O Catequista.) [grifos meus]

    Por intercessão de São Pio de Pietrelcina, Deus nos conceda a graça de buscá-Lo sempre mais, dando-nos também ao próximo, com alegria.

    Graça e paz.
    Salve Maria Santíssima!

    http://l.yimg.com/a/i/br/1011/lula_cancer_faringe_392.jpgRecentemente foi noticiado que o ex-presidente de nossa República, Luiz Inácio Lula da Silva, está com um câncer na laringe. É verdade que, para aqueles cristãos que mantêm uma condenável simpatia para com o Partido dos Trabalhadores, a notícia é mais uma ocasião para exaltar os "grandiosos feitos do presidente Lula em favor dos oprimidos e menos favorecidos"; também é verdade que facilmente este fato será explorado a fim de promover politicamente o ex-presidente da República, como alertou o jornalista Reinaldo Azevedo. Mas, estas não são, nem de longe, as coisas mais importantes a serem enfatizadas neste momento.

    Deve-se dar ênfase, por ora, a esta notícia: Assessoria de Lula diz que Papa vai orar por ex-presidente. Segundo a nota da assessoria de Lula, "o papa Bento XVI, por intermédio do embaixador brasileiro no Vaticano, Almir Barbuda, informou nesta segunda-feira (31) que está preocupado com a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que irá orar por seu restabelecimento." Num momento difícil como este em que está vivendo Lula, todos os cristãos que verdadeiramente se preocupam com a dignidade da pessoa humana precisam, assim como o nosso Pastor, colocar a alma de nosso ex-presidente no Sagrado Coração de Jesus, para que, em Seu amor, Ele se digne curar e restituir-lhe a saúde, não só do corpo, mas especialmente da alma.

    É nestas ocasiões interessantes que percebemos porque Deus não deixa totalmente evidente que salvará a uns e condenará a outros: é assim a fim de que os eleitos não se ensoberbeçam e afastem as outras criaturas de Seu poder e misericórdia. Esta é a saúde do Cristianismo católico, a saúde que rejeita o mal, mas que acredita na conversão do extraviado. Se não nos cuidarmos, podemos cair numa intolerância preocupante: aquela que afasta as criaturas da Igreja e esquece que, na verdade, tudo de sagrado e puro que temos na religião católica, existe em vista do homem, e de sua salvação.

    Graça e paz.
    Salve Maria Santíssima!

    http://www.google.com/hostednews/afp/media/ALeqM5hYZE4boUIfQWY_xraU77ttOscYKw?docId=photo_1320073122973-1-0&size=l"[O] papel da educação não pode se reduzir a uma mera transmissão de conhecimentos e habilidades que visam à formação de um profissional; mas deve abarcar todos os aspectos da pessoa, desde a sua faceta social até ao anelo de transcendência. Por esta razão, é conveniente reafirmar que o ensino religioso confessional nas escolas públicas, tal como foi confirmado no referido Acordo de 2008, longe de significar que o Estado assume ou impõe um determinado credo religioso, indica o reconhecimento da religião como um valor necessário para a formação integral da pessoa. E o ensino em questão não pode se reduzir a uma genérica sociologia das religiões, porque não existe uma religião genérica, aconfessional. Assim o ensino religioso confessional nas escolas públicas além de não ferir a laicidade do Estado, garante o direito dos pais a escolher a educação de seus filhos, contribuindo desse modo para a promoção do bem comum."

    - Papa Bento XVI, ao novo embaixador do Brasil junto à Santa Sé
    31 de Outubro de 2011

    Como sempre, Sua Santidade nos dá o ar de sua graça com uma declaração profundamente necessária para o nosso tempo. Hoje em dia tantas pessoas têm negado a necessidade de se ensinar religião nas salas de aula…! Fala-se da necessidade de respeito às culturas, à diversidade das formas de se pensar, da inclusão religiosa etc. Mas é interessante perceber que são justamente estas pessoas que enchem a boca para fazer um discurso a favor do respeito às religiões aquelas contrárias ao ensino religioso nas escolas de nossa nação. Querem que nossas crianças aprendam a respeitar, por exemplo, os símbolos da fé católica e os Mandamentos – quando querem! -, mas consideram uma verdadeira ofensa à laicidade do Estado esta coisa de ensinar preceitos cristãos em sala de aula.

    Ora, mas não é a sociedade brasileira profundamente cristã? Não são muitos elementos saudáveis das religiões afrobrasileiras – que os nossos sociólogos e professores não cansam de exaltar – valores emprestados justamente da cultura judaico-cristã? E não foram justamente os colonizadores cristãos os responsáveis pela purificação dos costumes indígenas que existiam na sociedade brasileira até o século XVI? Por que não, então, falar desta Fé apostólica, que, atravessando os milênios, lega-nos valores que reconhecemos como bons, belos e verdadeiros?

    Atenção! Estamos falando da necessidade de se pregar a fé católica, em detrimento desta miscelânea conturbada de crenças que muitas vezes deseja-se introduzir em nossos colégios. Isto só ajuda as nossas crianças a se afastarem cada vez mais da religião, fazendo com que elas a enxerguem não como uma comunicação que existe verdadeiramente entre Deus e o homem, mas sim como uma forma de expressão cultural e artística, uma forma de enxergar o cosmos e a natureza… Perde-se totalmente a sacralidade do milagre, do sobrenatural, daquilo que não pode ser captado por experiências laboratoriais, e que, apesar disto, existe em todas as épocas e é parte do legado da humanidade.

    Assaz conveniente esta declaração de Bento XVI, uma verdadeira demonstração de coragem, uma vez que esta corrente anticristã, que vê na laicidade de Estado uma inimizade para com o catolicismo, é de fato muito forte em nossas instituições de ensino.

    E não só nelas… Também os meios de comunicação andam prestando um verdadeiro desserviço à Igreja no que se refere à questão de informar. A agência de notícias AFP foi fazer uma menção honrosa à declaração do Papa ao novo embaixador do Brasil na Santa Sé e me soltou esta informação deveras tendenciosa: "[O] Papa se comprometeu a seguir apoiando o governo de esquerda liderado por Dilma Rousseff em seus programas de caráter social." Ora, ora, se não são esses jornalistas os mesmos que fizeram campanha contra os católicos pró-vida durante as eleições do ano passado… Não é preciso ir mesmo muito longe para identificar os inimigos da Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Graça e paz.
    Salve Maria Santíssima!

    Desculpem-me os leitores pela ausência já duradoura (duas semanas sem postar!). Ultimamente os dias estão um pouco curtos e as atividades na Internet estão sendo deixadas um pouco de lado… Já que aqui nem sempre anda havendo atualizações e tem muita gente no espaço virtual procurando por coisa boa – eu sei que para muitos (muitos mesmo!) isto aqui se torna uma Infernet, mas o WordPress avisa que tem um número considerável de pessoas chegando ao Ecclesia Una pela pesquisa Google -, sugiro que acompanhem os vídeos que o padre Paulo Ricardo está postando com muita frequência no YouTube. Se visitarem a sua página, pelo menos toda semana, terão no mínimo uma hora de formação catequética genuinamente católica.

    Nas duas últimas semanas, por exemplo, o reverendíssimo sacerdote postou dois vídeos falando sobre o evento que ganhou a atenção da mídia há algumas semanas: o Rock in Rio. No primeiro, falou da "cultura de morte" que era propagandeada durante a semana de shows no Rio de Janeiro; no segundo, respondeu a algumas pessoas que assistiram ao vídeo e que pediram mais esclarecimento sobre o assunto. Fica a dica.

    E para quem quiser assistir mais, como já foi dito, basta acessar a página do padre Paulo Ricardo no YouTube ou acessar o seu ótimo site: www.padrepauloricardo.org.

    http://veja.abril.com.br/assets/pictures/12411/O-papa-Bento-XVI-size-598.jpg?1278699104O Papa concedeu, esta semana, como de costume, uma audiência geral, durante a qual comentou a viagem apostólica que realizou à sua terra natal, a Alemanha. Refletindo no encontro ecumênico que teve com os protestantes em Erfurt, Sua Santidade foi precisa:

    "É necessário o nosso esforço comum no caminho rumo a uma plena unidade, mas sempre somos bem conscientes de que não podemos 'fazer' seja a fé, seja a unidade tão desejada. Uma fé criada por nós mesmos não tem nenhum valor, e a verdadeira unidade é, mais do que tudo, um dom do Senhor, o qual rezou e reza sempre pela unidade dos seus discípulos. Somente Cristo pode dar-nos essa unidade, e seremos sempre mais unidos na medida em que voltarmos a Ele e nos deixamos transformar por Ele."

    Uma fé criada por nós mesmos não tem nenhum valor. A sutileza com a qual Bento XVI criticou a figura rebelde do monge alemão Martinho Lutero na frente de seus seguidores entra em cena novamente… Esta afirmação foi (mais) uma magistral "alfinetada" do Pontífice ao luteranismo e, portanto, ao próprio fundador da revolta, Lutero. Ora, e o que é a fé protestante senão uma fé criada por um homem, ou seja, "por nós mesmos", pessoas, seres falíveis e miseráveis? E o que são as hoje milhares de dissensões do protestantismo? Não são um exemplo daquela observação convenientíssima de nosso Senhor Jesus Cristo, de que "se um cego conduz a outro, tombarão ambos na mesma vala" (Mt 15, 14)? Não se aplica a estes que se afastaram da única Igreja fundada por nosso Senhor aquela passagem: "Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha" (Mt 12, 30)?

    Seremos sempre mais unidos na medida em que voltarmos a Ele e nos deixamos transformar por Ele. Leia-se: seremos sempre mais unidos na medida em que voltarmos ao Seu Corpo Místico, desejando fazer parte também de sua estrutura visível, tendo como pontos comuns da fé não só a Trindade, a Divindade de Jesus ou a Ressurreição, mas também o Símbolo dos Apóstolos e os Sacramentos.

    A maneira como o Papa critica o luteranismo é estratégica. Ele sabe que uma manifestação aberta e explícita de condenação pode, ao invés de aproximar os dissidentes da Igreja, gerar uma verdadeira campanha de propaganda midiática anticlerical ou mesmo manter distantes aqueles que estão em busca de um verdadeiro diálogo ecumênico. Mas, ao mesmo tempo, conhece a necessidade de deixar transparecer a unicidade e a santidade da Igreja para aqueles que estão de alguma forma dela afastados.

    Os resultados de todos os esforços de Bento XVI para, a pedido de Jesus, promover e firmar a unidade entre os seus seguidores, são visíveis. A onda de conversão de anglicanos à fé católica, um grupo de fiéis anglo-luteranos que também estão voltando ao seio da verdadeira Igreja são alguns exemplos de como é frutuoso o trabalho de nosso Pontífice ao redor do mundo.

    Rezemos por seu ministério, para que Deus o conserve fiel à missão que lhe foi confiada, e que não pereça ante as investidas do inimigo.

    28 de setembro é o "Dia Latino-Americano pela Legalização do Aborto".

    Ora, devem estar surpreendidos os que até então desconheciam este fato, até isto existe? Sim, é verdade; existe. Os anticlericais não só impiedosamente tentam acabar com feriados religiosos – mais especificamente, católicos -, desejando ver apagadas da memória do povo brasileiro as festividades cristãs; os mesmos grupos servidores de Satanás também instituem algumas datas "festivas" para clamar com seu senhor a legalização do assassinato de crianças nos ventres de suas mães. E foi escolhido para a "festa sanguinária" dos abortistas justamente o dia 28 de setembro – que, se pudesse falar, certamente protestaria não merecer tal infâmia.

    E como foi a festa das feministas? Este ano foi uma celebração bem triste, pode-se dizer. No mesmo dia 28 foi definido pela Suprema Corte do México – como notificou o Wagner Moura – que as leis estaduais que criminalizam a prática do aborto são, sim, constitucionais! Ou seja, o nascituro permanece com o seu direito à vida reconhecido!

    Foi, sem sombra de dúvidas, uma grande derrota para Satanás e seus sequazes (São Miguel Arcanjo sempre se adiantando…), um feito a ser comemorado. Que a Virgem de Guadalupe continue livrando a América Latina da maldição do aborto, e sejam precipitados pela mão poderosa do Altíssimo os inimigos da vida humana.

    * * *

    Leia mais: Pérolas de quem quer #LegalizarOAborto…, sobre manifestações pró-aborto no Twitter por ocasião do "Dia pela Legalização do Aborto", e ¡No Pasarán! Proibir o aborto não é inconstitucional! Vitória no México!, ambos do blog Deus lo Vult!.

    Leia ainda: Internautas repudiam dia pela legalização do aborto, do blog O Possível e O Extraordinário.

    Tendo em vista que precisava reforçar alguns pontos no artigo, torno a publicá-lo novamente, sem medo algum ou receio. O fato do artigo ter saído do ar uns dias para muitos pode ter parecido que quis retirar aquilo que disse. Jamais! Tenho comigo as palavras de Santo Agostinho que dizia: "Prefiro errar com a Igreja a acertar sozinho".

    ***

    A 21ª Viagem Apostólica de Sua Santidade Bento XVI é à Alemanha (a terceira neste país). Este é um momento propício para a renovação da fé daquele povo, que tanto necessita de uma palavra de consolo e de um gesto de apoio e carinho do Papa naquela sociedade secularizada. As maiores confissões religiosas nesse país são o Luteranismo e o Catolicismo, respectivamente, com 32,9% e 32,3% de fiéis. 67% (54.765.265) da população é cristã.

    Em um dos atos públicos da sua viagem ressalta-se o encontro inter-religioso com os membros da confissão luterana e com os representantes das igrejas evangélicas na Alemanha. Esse grande passo dado pelo Santo Padre, neste âmbito, foi criticado por alguns católicos que disseram que  ele teria reabilitado Lutero; e ouve gente que até mesmo fez chacota afirmando: "São Lutero, rogai por nós!". Essa mesma conversa já havia saído em 2008.

    O grande problema não é o encontro que o Sumo Pontífice, felizmente reinante, promoveu, mas a má interpretação dele, sobretudo por alguns membros da Igreja e pela mídia. E o que dizer, quando até mesmo nos Seminários vemos pessoas que se opõem às decisões do Papa? São estes os sacerdotes que colocamos para o povo de Deus? E como depois queremos cobrar do povo aquilo que nós não oferecemos a eles?

    Com este artigo não quero criar inimizade com os tradicionais, a quem muito admiro (e inclusive sou tradicional!), ou com os sedevacantistas, ou protestantes. Apenas desejo demonstrar de forma clara que as afirmações do Sumo Pontífice não reabilitam a Lutero.

    Vamos, porém, ao que disse o Santo Padre:

    "«Como posso ter um Deus misericordioso?» O facto que esta pergunta tenha sido a força motriz de todo o seu caminho, não cessa de maravilhar o meu coração. Com efeito, hoje quem se preocupa ainda com isto, mesmo entre os cristãos? Que significa a questão de Deus na nossa vida, no nosso anúncio? Hoje a maioria das pessoas, mesmo cristãs, dá por suposto que Deus, em última análise, não se interessa dos nossos pecados e das nossas virtudes. Ele bem sabe que todos nós não passamos de carne. Se se acredita ainda num além e num juízo de Deus, praticamente quase todos pressupõem que Deus terá de ser generoso e, no fim de contas, na sua misericórdia ignorar as nossas pequenas faltas. A questão já não nos preocupa. Mas, verdadeiramente são assim pequenas as nossas faltas? Porventura não está o mundo a ser devastado pela corrupção dos grandes, mas também dos pequenos, que pensam apenas na própria vantagem? Porventura não é ele devastado por causa do poder da droga, que vive, por um lado, da ambição de vida e de dinheiro e, por outro, da avidez de prazer das pessoas que a ela se abandonam? Não está ele porventura ameaçado por uma crescente predisposição à violência que não raro se dissimula sob a aparência de religiosidade? Poderiam a fome e a pobreza devastar assim regiões inteiras do mundo, se estivesse mais vivo em nós o amor de Deus e, derivado dele, o amor ao próximo, às criaturas de Deus que são os homens? E poderiam continuar as perguntas nesta linha. Não, o mal não é uma ridicularia. Mas não seria forte, se verdadeiramente colocássemos Deus no centro da nossa vida. Esta pergunta que desinquietava Lutero – Qual é a posição de Deus a meu respeito, como apareço a seus olhos? – deve tornar-se de novo, certamente numa forma diversa, também a nossa pergunta, não acadêmica mas concreta. Penso que este constitui o primeiro apelo que deveremos escutar no encontro com Martinho Lutero" (Discurso aos representantes do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha).

    Belíssimas palavras do nosso Papa! Quanta sabedoria! Quanta prudência! E neste texto quem seguramente poderá me afirmar que o Papa teria reabilitado Lutero? A única coisa que ele cita como esplêndido na vida do subversor é a pergunta que norteou toda a sua vida. E esta pergunta mesma foi colocada à margem da vida cristã. Elogiar uma pessoa por uma característica, não é elogiá-la pelo todo.

    O que norteia-nos hoje? A mídia secularizada, nossos desejos, o excesso, do qual o filósofo Aristóteles bem falara, a relativização, a cultura de morte… Pecamos à vontade porque achamos que Deus perdoará todos os nossos pecados no dia do Juízo Final. Vivemos em constante estado de tibieza, fraquejamos na fé, apegamo-nos ao mundo e depois achamo-nos no direito de apontar os pecados dos outros. Quanta falta de fé! Anunciar a verdade do Evangelho, que é o próprio Cristo, significa transmitir puramente a Santa Doutrina, mas apenas transmitir e não julgar. ‎ "O dano para a Igreja não vem dos seus adversários, mas dos cristãos tíbios" (Papa Bento XVI, Homilia na Vigília com os jovens na Alemanha). Denunciar é uma coisa, julgar é outra bem diferente, e esta compete somente a Deus.

    O Santo Padre, em seguida, formula várias perguntas, demonstrando se não seriam nossa culpa tantas desgraças que afligem a humanidade. Sabemos que Lutero era um apóstata, um libertino vulgar que se dizia "reformador" do Cristianismo e da Cristandade. Pode ele não ter querido (o que acho impossível!) a princípio ser este "reformador" e causar esta "desunião", mas é sabido que ele, apesar de não ter querido, deu total continuidade a este desgraçado acontecimento. E o que aconteceu? A Igreja mudou? O Papado acabou? Não! Lutero morreu! A Igreja não acabou nem acabará!

    "O pensamento de Lutero, a sua espiritualidade inteira era totalmente cristocêntrica. Para Lutero, o critério hermenêutico decisivo na interpretação da Sagrada Escritura era «aquilo que promove Cristo». Mas isto pressupõe que Cristo seja o centro da nossa espiritualidade e que o amor por Ele, o viver juntamente com Ele, oriente a nossa vida" (Discurso aos representantes do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha).

    Querendo ou não sabemos que a Teologia de Lutero era sim, de certa forma, Cristocêntrica, apesar de não ser Eclesiológica. O centro de todos os seus escritos foi Cristo, foram as Escrituras, independente do que viria a fazer e falar deles depois. E todos os teólogos com quem conversei foram unânimes em afirmá-lo. Agora, se existe alguém que pressupõe saber mais do que os teólogos, e do que o próprio Papa (a quem comparo com um Doutor da Igreja), então não venha disseminar suas ideologias aqui. Ademais, o fato de que os protestantes não estejam unidos ao Corpo eclesiológico não significa que não possam estarem unidos a sua alma. Poderíamos condenar todos os não-católicos ao inferno? E aqueles que tem reta intenção? E aqueles que vivem o Evangelho melhor do que nós? E os que, mesmo não sendo cristãos, procuram viver uma vida reta e sem hipocrisia? Como o próprio Papa dissera:

    "«Os publicanos e as mulheres de má vida vão antes de vós para o Reino de Deus. João Baptista veio ao vosso encontro pelo caminho que leva à justiça, e não lhe destes crédito, mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram nele. E vós, que bem o vistes, nem depois vos arrependestes, acreditando nele» (Mt 21, 31-32). Traduzida em linguagem de hoje, a frase poderia soar mais ou menos assim: agnósticos que, por causa da questão de Deus, não encontram paz e pessoas que sofrem por causa dos seus pecados e sentem desejo dum coração puro estão mais perto do Reino de Deus de quanto o estejam os fiéis rotineiros, que na Igreja já só conseguem ver o aparato sem que o seu coração seja tocado por isto: pela fé.

    Assim, a palavra deve fazer-nos refletir seriamente; antes, deve abalar a todos nós. Isto, porém, não significa de modo algum que todos quantos vivem na Igreja e trabalham para ela se devam considerar distantes de Jesus e do Reino de Deus. Absolutamente, não!" (Homilia do Papa na santa Missa em Friburgo)

    Sabemos que, pelas suas obras neste mundo, o seu destino ultimo pode não ter sido dos melhores. "Na hierarquia dos anjos rebeldes, ainda que cause pesar aos seus amigos, Lutero ocupa o grau mais baixo, mais próximo do lodo e do pântano" (Th. Mainage: Témoignages dês apostats. Paris 1916, p. 76). Por outro lado: se Cristo perdoou os maiores pecadores, aqueles que mereceriam as chamas eternas, que são os seus assassinos, como poderíamos afirmar que não perdoara também a Lutero? Então me direis: Mais aqueles não conheciam a Cristo, enquanto Lutero o conhecia. Eu responderia: E Cristo faz diferença em sua misericórdia? Acaso todos não são iguais ante seus olhos? Quem somos nós para restringir a misericórdia de Cristo? Quem somos nós para limitá-la e dizer quem deve ou não ser salvo? Não seremos nós, antes, condenados pela nossa falta de caridade? O Sagrado Concílio Vaticano II dirá:

    São plenamente incorporados à sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e os meios de salvação nela instituídos, e que, pelos laços da profissão da fé, dós sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, se unem, na sua estrutura visível, com Cristo, que a governa por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos. Não se salva, porém, embora incorporado à Igreja, quem não persevera na caridade: permanecendo na Igreja pelo «corpo», não está nela com o coração. Lembrem-se, porém, todos os filhos da Igreja que a sua sublime condição não é devida aos méritos pessoais, mas sim à especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com os pensamentos, palavras e acções, bem longe de se salvarem, serão antes mais severamente julgados (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 14).

    O Concílio ainda afirma:

    A Igreja vê-se ainda unida, por muitos títulos, com os batizados que têm o nome de cristãos, embora não professem integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro. Muitos há, com efeito, que têm e prezam a Sagrada Escritura como norma de fé e de vida, manifestam sincero zelo religioso, creem de coração em Deus Pai omnipotente e em Cristo, Filho de Deus Salvador, são marcados pelo Batismo que os une a Cristo e reconhecem e recebem mesmo outros sacramentos nas suas próprias igrejas ou comunidades eclesiásticas. Muitos de entre eles têm mesmo um episcopado, celebram a sagrada Eucaristia e cultivam a devoção para com a Virgem Mãe de Deus. Acrescenta-se a isto a comunhão de orações e outros bens espirituais; mais ainda, existe uma certa união verdadeira no Espírito Santo, o qual neles actua com os dons e graças do Seu poder santificador, chegando a fortalecer alguns deles até ao martírio. Deste modo, o Espírito suscita em todos os discípulos de Cristo o desejo e a prática efectiva em vista de que todos, segundo o modo estabelecido por Cristo, se unam pacificamente num só rebanho sob um só pastor. Para alcançar este fim, não deixa nossa mãe a Igreja de orar, esperar e agir, e exorta os seus filhos a que se purifiquem e renovem, para que o sinal de Cristo brilhe mais claramente no seu rosto (Idem, 45).

    Na belíssima declaração Dominus Iesus, se diz:

    Existe portanto uma única Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele. As Igrejas que, embora não estando em perfeita comunhão com a Igreja Católica, se mantêm unidas a esta por vínculos estreitíssimos, como são a sucessão apostólica e uma válida Eucaristia, são verdadeiras Igrejas particulares. Por isso, também nestas Igrejas está presente e atua a Igreja de Cristo, embora lhes falte a plena comunhão com a Igreja católica, enquanto não aceitam a doutrina católica do Primado que, por vontade de Deus, o Bispo de Roma objetivamente tem e exerce sobre toda a Igreja.

    As Comunidades eclesiais, invés, que não conservaram um válido episcopado e a genuína e íntegra substância do mistério eucarístico, não são Igrejas em sentido próprio. Os que, porém, foram baptizados nestas Comunidades estão pelo Batismo incorporados em Cristo e, portanto, vivem numa certa comunhão, se bem que imperfeita, com a Igreja. O Batismo, efetivamente, tende por si ao completo desenvolvimento da vida em Cristo, através da íntegra profissão de fé, da Eucaristia e da plena comunhão na Igreja (nº 17).

    Agora a questão é: Se alguém não aceita o Sagrado Concílio Vaticano não é a mim que se opõe, mas a Doutrina da Igreja, unida ao Sucessor de São Pedro, o nosso Supremo Pastor Visível.

    Lutero era sim hipócrita! Queria condenar a Igreja por "vender" indulgências, mas era assassino, comparável a estes miseráveis abortistas e a estes movimentos claramente contrários a dignidade da vida humana. Antes: era antissemita. Ele próprio escrevera: "A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e joias, prata e ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus" ("Sobre os judeus e suas mentiras" de Martinho Lutero).

    "É nossa a culpa em não matar eles.", dizia Lutero a respeito dos judeus (Michael, Robert. "Luther, Luther Scholars, and the Jews," Encounter, 46 (Autumn 1985) No.4:343).

    Conhecendo a ideologia desta personagem, que é a prefiguração de Hitler, vocês achariam realmente que o Santo Padre tenderia a reabilitar Lutero? A única coisa que ele não poderia afirmar (como também nenhum de nós) é que Lutero esteja no inferno. Detesto Lutero, mais neste aspecto não poderia calar-me diante da afirmação de alguns, sobretudo da mídia, que, como sempre, tende a contrariar as afirmações do Santo Padre.

    Em 2006 Sua Santidade Bento XVI tinha afirmado que: "A fé não é uma marcha triunfal, mas um caminho salpicado de sofrimentos e de amor" (Audiência Geral, 24 de maio de 2006). Quem critica o Papa deveria ter ao menos um pouco de Teologia para saber que a justificação pela fé, para Lutero, tornaria o homem impecável, e, portanto, seria um triunfante caminho em direção do céu. Com este ataque o Papa faz cair por terra a ideia de uma possível reabilitação de Lutero, que, tenho certeza disto, nunca virá a acontecer.

    Portanto, tenhamos cautela em nossas colocações. Negar a Misericórdia de Deus é pecado gravíssimo. Rezemos pelos membros da confissão luterana, que tiveram a triste sorte de terem Lutero como fundador, e rezemos pelo nosso Papa. Que o Espírito Santo o ilumine e inspire sempre mais. Que ele continue sendo esta autêntica testemunha da Verdade, modelo para todos os cristãos. E que sempre nos lembremos das promessas de Cristo: "As portas do inferno não prevalecerão" (Mt 16,16).

    Viva o Santo Padre!!

    Viva a Santa Igreja Católica!!

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    1.Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele.
    2.Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo:
    3.Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
    4.Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
    5.Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
    6.Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
    7.Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
    8.Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
    9.Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
    10.Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
    11.Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
    12.Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

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    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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